Prefeito de Cidade Ocidental é investigado em operação contra fraudes em contratos que somam R$ 65 milhões
04/09/2024
PF encontrou indícios de fraudes em mais de 100 contratos de licitação. TRF-1 expediu ainda 27 mandados de busca e apreensão e um mandado de prisão preventiva. Fábio Correa, prefeito de Cidade Ocidental, em Goiás
Reprodução / Redes sociais de Fábio Correa
O prefeito de Cidade Ocidental, no Entorno do DF, foi afastado do cargo durante uma operação realizada pela Polícia Federal e a Controladoria-Geral da União (CGU). A partir desta quarta-feira (4), Fábio Lima (PP) deixou a prefeitura para que as autoridades investiguem fraudes em licitações, desvio de recursos públicos e lavagem de dinheiro.
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De acordo com texto da PF, a Operação Ypervoli busca desmantelar uma organização criminosa que age em Goiás e no Distrito Federal. A CGU informou que a os desvios foram realizados em contratos das áreas da saúde, em serviços de locação e manutenção de equipamentos, além de contratações de obras. Ao todo, os mais de 100 contratos somam R$ 65 milhões, afirmou a CGU.
O afastamento do prefeito Fábio Correa foi determinado pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1). A organização também expediu 27 mandados de busca e apreensão, um mandado de prisão preventiva e oito mandados referentes a medidas cautelares.
A prefeitura de Cidade Ocidental divulgou uma nota nas redes sociais em que afirma que está à disposição das autoridades e que fornecerá todos os documentos e informações necessárias.
“Não há qualquer irregularidade nos atos administrativos, pois a gestão sempre agiu dentro dos princípios da legalidade e da transparência”, disse o texto.
Fábio Correa replicou a nota publicada pela prefeitura. O g1 não conseguiu contato com o prefeito até a última atualização desta reportagem.
Fábio Correa compartilha nota publicada pela prefeitura de Cidade Ocidental, em Goiás
Reprodução / Redes sociais Fábio Correa
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Em nota, o Partido Progressista declarou que “confia na inocência de Fábio e aguarda a completa elucidação dos fatos”.
A PF informou que as pessoas envolvidas no esquema podem responder por crimes de peculato, corrupção ativa e passiva, fraudes a licitação, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
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